sábado, 26 de maio de 2012

Vida profissional II


Quando compramos nossa primeira lojinha, além de não ter capital algum pra investir nela, ainda tínhamos muita dívida. Logo na primeira semana nos demos conta que por mais lucrativa que a loja era, havia muita concorrência de qualidade superior. Nosso maior problema era falta de mercadoria, acabamos fazendo empréstimos nas 3 contas da empresa pra custear nosso começo. Então nossa situação era a seguinte: Não tínhamos mais carros; morávamos em uma cidade distante da empresa; devíamos cerca de R$50 mil a nossos pais; R$100 mil nos bancos; R$50 mil ao antigo proprietário; o cheque especial era o capital de giro; nossa experiência no ramo não era suficiente pra administrar.


Era uma história fadada pro fracasso e as chances de fechar as portas eram enormes, mas felizmente (ou não) trabalhamos muito (mais de 14 horas por dia de domingo a domingo) e a coisa foi melhorando, arrumamos mais clientes, estocamos a lojinha e íamos pagando os empréstimos. Logo sobrou espaço pra prestações, compramos 2 carros populares zero.


Uns 2 anos depois ainda estávamos pagando, o faturamento estabilizou e já tínhamos aprendido muito com nossos erros, acreditávamos que era só questão de tempo pra acabar de pagar e a loja ser finalmente nossa. A gente considerava estabilizado, mas nunca deixamos de usar o cheque especial da empresa.


Um colega queria se desfazer da sua loja e nos fez uma proposta: venderia sem entrada em 48x. Não tinha como não topar! A segunda loja sofria do mesmo problema que a primeira que era falta de mercadoria, mais uma vez apelamos pros empréstimos pra tentar estoca-la. E assim foi, contratamos funcionários, trabalhamos mais ainda e deu certo. Trocamos os carrinhos populares por 2 sedãs médios, sem ao menos acabar de pagar os primeiros. Decidimos ir morar juntos, compramos um apartamento na planta.


Aí, a antiga rede que trabalhamos se dissolveu, os sócios desmancharam a sociedade e decidiram mudar de ramo. Compramos duas das lojas, inclusive aquela em que trabalhamos. Loucura! A situação dessas era pior, estavam quebradas, mas novamente apelamos pra empréstimos e levantamos.

10 comentários:

  1. Olá amigos,sejam bem vindos a blogoesfera,
    Estarei acompanhando a história de vocês.

    Um abração.

    Lord.

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    1. Oi Lord. Obrigado pela visita. Vou contando minhas histórias aos pouquinhos.

      Felix

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  2. Felix vc é gay?

    Investidor aloprado.

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    1. Oxente, tu num é gay não bixin, isto é um conflito psico, depois passa.

      Investidor alopradão

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  3. Que coragem para sair investindo, se endividando e gastando tudo ao mesmo tempo agora.... A impressão que me passa é de algo completamente fora do controle, mas que, ainda assim, deu até certo por um tempo.

    Contudo, pelo nível de stress, esta coisa tresloucada e sem controle não há como se sustentar no médio/longo prazo - não?

    Falow, Renato C

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    1. Oi Renato. É isso mesmo que aconteceu, me endividei, empurrei tudo de barriga, gastei, quase chegou ao limite, mas consegui acabar antes. Veja as continuações da história. É impossível manter uma vida legal com o nível de stress que esse tipo de coisa provoca, por um curto periodo ainda dá, mas chega uma hora que estoura.

      Felix

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  4. Pra mim vc é mais um personagem igual ao pobretão

    Vc num gosta de muie nao?

    Investidor aloprado.

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  5. Felix:

    Não alimente os trolls, ok?

    Abraço!

    COrey

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